sexta-feira, 29 de maio de 2015

Solidariedade e cidadania também se aprende na escola


Em 1998, foram publicados pelo Ministério da Educação e da Cultura - MEC os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. Tal documento significou, sem dúvida, um grande avanço para a educação brasileira, afinal, pela primeira vez foi criado, como o próprio nome já indica, um referencial único para toda a educação nacional. Diante da extensão do território brasileiro e suas diversidades regionais, culturais e políticas, foi preciso pensar num documento que respeitasse as diferenças existentes dentro do país e pudesse ser traduzido em propostas regionais. Os PCNs são uma proposta de reorientação curricular que, quando discutida e traduzida regionalmente serve como base/parâmetro para a elaboração da proposta curricular de cada instituição escolar e, conseqüentemente, para o cotidiano da sala de aula. Propõe uma revisão dos currículos escolares, os PCNs estimulam um debate educacional ampliado e aprofundado envolvendo toda a comunidade escolar.




As transformações no mundo do trabalho também pressionam escolas de todo o mundo a questionar-se sobre suas funções, responsabilidades e práticas. Além disso, a sociedade exige alcançar valores morais e a escola vem sendo vista como o local onde devem ser suscitados em cada um de nós tais valores. Instituições escolares de todo o mundo estão direcionando os seus currículos escolares para a formação de homens e mulheres capazes de ingressar no mundo do trabalho, mas também, e acima de tudo, preparados para o exercício da cidadania.  Para que isso seja possível, os PCNs propõem, como pode ser constatado na citação acima, que a escola seja espaço onde referenciais éticos sejam além de discutidos, vivenciados e construídos.Diante do que foi exposto até aqui, percebe-se que temas como ética, cidadania, respeito e solidariedade são bastante enfatizados nos PCNs, o que significa que existe uma vontade política de fazer com que a escola brasileira seja responsável em formar cidadãos que tenham atitudes de solidariedade, de cooperação, de participação social e política, de justiça e de respeito. Somado a isso, existe uma demanda da sociedade em tornar a escola espaço de debate e exercício da solidariedade.
Assim, algumas escolas brasileiras optam por estimular seus alunos a planejar e desenvolver projetos de voluntariado, pois percebem nessa atividade uma oportunidade dos alunos vivenciarem e discutirem referenciais éticos. O desenvolvimento de projetos de voluntariado traz benefícios tanto para comunidade que recebe a ação, quanto para alunos, professores, enfim, para toda a escola que a planeja e desenvolve.
Os alunos que se envolvem com projetos sociais como voluntários têm a oportunidade de se tornarem empreendedores juvenis, ou seja, esses jovens exercitam capacidades como a de imaginar, de planejar e de colocar em prática sonhos e projetos. Tornam-se protagonistas de transformações dentro e fora da escola, exercitando assim a participação ativa nas transformações necessárias à sua comunidade. O jovem voluntário é capaz de concretizar projetos pessoais, favorecendo assim o seu desenvolvimento emocional e, consequentemente, profissional. Muitas das habilidades exercitadas no voluntariado são, frequentemente, exigidas no mundo do trabalho, porém, poucas vezes, são estimuladas e vivenciadas na escola. 
O professor também é beneficiado quando se envolve em projetos sociais, estimula seus alunos a participarem dessas ações e relaciona tais experiências com os conteúdos curriculares: planejar e desenvolver projetos sociais contribui para que a escola chegue mais perto da realidade dos seus alunos.Já o público alvo que recebe diretamente a ação planejada e desenvolvida pela escola vê a sua realidade transformada positivamente e passa a ter uma relação mais próxima com a instituição escolar, vendo-a como um lugar público que em muito pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida não só pela construção teórica de conhecimentos, mas também, pelo o que é capaz de fazer na prática: a comunidade para dentro da escola e vice-versa.A proposta de trabalhar o tema solidariedade, cidadania e ética dentro das escolas brasileiras não é uma exigência dos PCNs, como já foi dito anteriormente, porém a vivência e o exercício são exigências para a aprendizagem de valores, de comportamentos, atitudes e também habilidades. Isso significa que, se a educação no Brasil, de acordo com os documentos legais que regem a educação nacional, deve estimular a prática da cidadania e da solidariedade, é preciso que a escola dê oportunidade para que seus alunos entrem em contato com situações que os estimulem a se tornarem solidários, críticos e justos, como acontece quando eles se tornam voluntários e participam de ações sociais
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O movimento é mundial, o voluntariado a ferramenta para alcançarmos uma sociedade mais justa, solidária e cidadã.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

VOLUNTARIADO E MUSEUS

Pelo oitavo ano o CVSP realizou na Semana Nacional de Museus uma Oficina de Voluntariado especial para museus e centros culturais, em parceria com  o Instituto Brasileiro de Museus- IBRAM.  
A oficina tem o objetivo de motivar e orientar os museus e instituições culturais a implantarem e gerirem seus programas de voluntariado, apresentar ferramentas e capacitar na gestão de programas de voluntariado e  ainda promover a troca de informações e experiências com os museus que já desenvolvem atividades com voluntários. Os museus bateram  em 2014 um novo recorde de público em 2014: mais de 3,7 milhões de pessoas passaram pelos espaços ao longo do ano. 
O dado representa um aumento de 12%  em relação a 2013. Entre os destaques que  contribuíram para levar mais pessoas aos museus estão: entrada gratuita aos sábados; diversificação da programação, atividades educativas, itinerâncias das exposições e a ampliação do horário de funcionamento. 

Essas questões mostram a possibilidade de se ampliar e crias mais possibilidade de  atuação de  voluntários. em museus, centros culturais, bibliotecas:



  • *Atendimento ao público: acompanhamento dos visitantes, captação de  novos sócios, recepção.
  • *Apoio administrativo: arquivo, atualização de banco de dados, tradução de documentos e de catálogos de exposições.
  • *Comunicação: boletim eletrônico, atualização do site, divulgação das exposições.
  • *Museologia: pesquisa, conservação de documentos e objetos.
  • *Oficinas: apoio nas oficinas de artes, fotografia, história da arte.
  • *Atividades externas: participação em cursos e eventos,
  • *Divulgação das exposições e visitas a outros museus para intercâmbio e troca de experiências.
  • *Captação de recursos: captação de recursos financeiros e materiais; captação de sócios, voluntários e parceiros.


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Voluntariado e a construção de cidades resilientes

 Com mais da metade da população mundial vivendo hoje em áreas urbanas, construir cidades mais seguras é um desafio a ser alcançado. Climas extremos e alterados, terremotos e outras situações de emergências decorrentes também da ação humana estão crescentemente pressionando as pessoas a ameaçando a nossas cidades. O lançamento no Brasil da Campanha “Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade está se Preparando”, visa sensibilizar governos e cidadãos para os benefícios de se reduzir os riscos por meio da implementação de 10 passos para construir cidades resilientes. Todos eles precisam e contam com a participação de voluntários bem orientados e capacitados.1. Estabeleça mecanismos  de participação de comunidades e sociedade civil organizada, 2. Elabore documentos de orientação para redução do risco de desastres; 3. Mantenha informação atualizada sobre as ameaças e vulnerabilidades de sua cidade;  4. Invista e mantenha uma infraestrutura para redução de risco, com enfoque estrutural; 5. Avalie a segurança de todas as escolas e postos de saúde de sua cidade; 6. Identifique áreas seguras para os cidadãos de baixa renda e, quando possível, modernize os assentamentos informais. 7. Invista na criação de programas educativos e de capacitação sobre a redução de riscos de desastres, tanto nas escolas como nas comunidades locais; 8. Proteja os ecossistemas e as zonas naturais; 9. Instale sistemas de alerta e desenvolva capacitações para gestão de emergências em sua cidade; 10. Depois de qualquer desastre, vele para que as necessidades dos sobreviventes sejam atendidas e se concentrem nos esforços de reconstrução. A mensagem é: resiliência e redução de riscos de desastres devem fazer parte do dia a dia das e das estratégias para alcançar o desenvolvimento sustentável. Uma cidade resiliente é aquela que tem a capacidade de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre e de maneira organizada prevenir que vidas e bens sejam perdidos. Todos precisam se preparar e participar, governos  e a sociedade civil organizada precisam unir esforços, na redução das vulnerabilidades e promoção de bem estar e segurança dos cidadãos.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Meu coração voluntário! Meu coração Vaga Lume

Foram apenas algumas horas mas preencheram meu coração de alegria e de muito orgulho de fazer parte da Associação Vaga Lume. 

Já faz perto de 5 anos que sou voluntária da Vaga Lume, fazendo parte do conselho consultivo da organização. 

Debater estratégias de captação, apoio a direção na gestão e nas tomadas de decisão é tarefa que exige dedicação e comprometimento como qualquer outra atividade voluntária.       

A literatura, as expedições, os encontros de formação e o intercâmbio cultural são as ferramentas que a Vaga Lume utiliza para promover a expansão da visão de mundo de crianças e adultos.

Mais que ensinar mais que aprender, a história da vaga Lume é de construir pontes, intensificar  o intercâmbio com as comunidades, criando novas iniciativas e ampliando o alcance de suas ações:  formar mediadores de leitura,  contar histórias, coletar histórias, registrar histórias, criar histórias...






Minha visita foi a Biblioteca que fica dentro da Escola Estadual Professor Antônio Figueredo da Silva na comunidade  do Torrão do Matapi, Macapá, Amapá!

Na comunidade há produção de farinha, hortifrutigranjeiros, criação de pequenos animais, criação de abelhas sem ferrão, produção de mel e própolis.
Já fui recebida com um lindo café de boas vindas  com frutas e bolos feitos pelos amigos de lá! Quem cuida de tudo na Biblioteca Vaga Lume é a Teca que tem verdadeira paixão pelo que faz! Um

 A comunidade é quilombola e mantém as tradições da cultura africana. Nas festas culturais são apresentadas a dança afrobrasileira Marabaixo e o Batuque.         O esporte também é incentivado, como a capoeira e o futebol. A biblioteca também contribui para difundir essa cultura


A Biblioteca Vaga Lume é utilizado pelas crianças da escola e pelos adultos dos cursos noturnos de alfabetização e ainda pela comunidade. 
O desejo de participar e fazer algo é uma resposta que está dentro do coração de cada pessoa que decide fazer o trabalho voluntário.
É a união de esforços de pessoas que enxergam a vida diferente e que se propõe a compreender e minimizar as dificuldades do outro, muitas vezes tão distantes de nosso próprio entendimento e convívio. 
Todos juntos na construção de uma sociedade mais justa e solidária, de um mundo melhor para todos nós hoje e para as gerações futuras. 

Macapá Torrão do Matapi 
Ser voluntário é uma maneira inteligente de fazer bem a si próprio. É abertura para novas experiências, oportunidades de aprendizado e sentir prazer em ser útil.  Todos nós temos inúmeros talentos e habilidades que usamos em nossos trabalhos e também em nossas atividades em casa e no lazer e podemos levar isso para o nosso voluntariado! Praticar a nossa cidadania e a solidariedade e tudo aquilo que se faz bem, pode fazer MUITO bem para alguém!No voluntariado essas escolhas do que fazer, onde e que talento compartilhar é absolutamente  espontânea e vem do coração.


Recebi muito mais do que ofereci. Não só o carinho das pessoas,mas a gigantesca oportunidade de estar em um lugar mágico, com pessoas generosas, sábias e boas!
Obrigada equipe Vaga Lume do Amapá! 

Todos voluntários! Todos Gente de Coração Voluntário! 
Fomos de carona com a Marli:  eu,  Vania e Aurilene. Recebidas na comunidade pela Ana e a Teca e no café da manhã  professoras e equipe da escola compartilhando um pouquinho da rotina da comunidade. 
A Biblioteca e as crianças que vieram junto com a Teca receber os novos livros  enviados pela vaga Lume para aumentar o  acervo. Não dá para descrever a felicidade das crianças com os livros
Depois a despedida! Um baião de dois, suco de açaí e  o café pupunha.  
Sai preenchida de sabores, cores,  aromas,  perfumes e amizade!  



sexta-feira, 1 de maio de 2015

CVSP: 18 anos fortalecendo o voluntariado em São Paulo


Dia 06 de maio, o Centro de Voluntariado de São Paulo – CVSP comemora 18 anos de incentivo ao voluntariado na cidade de São Paulo. Desde sua fundação desenvolve um intenso trabalho para incentivar e consolidar a cultura da participação social e cidadã transformadora, que detecta as necessidades sociais e busca soluções para resolvê-las. Desenvolve e orienta talentos e potencialidades dos que desejam se engajar, com responsabilidade participar da construção de uma sociedade mais justa e solidária.  

Nesses 18 anos de atuação o CVSP tornou-se referência em voluntariado no Brasil, reunindo atualmente 1.285 organizações sociais em toda Grande São Paulo, que desenvolvem programas de voluntariado organizados e transformadores. Mais de 150 mil pessoas e 600 empresas já foram orientadas pelo CVSP para implantar e desenvolver ações e projetos de trabalho voluntário.

O Centro de Voluntariado de São Pulo  encomendou em 2011 do IBOPE uma pesquisa sobre o perfil do Voluntário no Brasil. São 35 milhões de brasileiros que fazem ou fizeram trabalho voluntário.  Dos que atualmente realizam alguma ação de voluntariado, 53% são mulheres e 47% homens, com uma média de idade de 39 anos. Dentre os voluntários, 38% têm Ensino Médio completo ou superior incompleto e outros 20% têm Ensino Superior completo. A pesquisa também aponta que, dos que exercem ou já exerceram o voluntariado, 67% trabalham fora, sendo que 51% destes em tempo integral e 16% meio período. Segundo a pesquisa, o serviço voluntário é exercido, em média, há 5 anos.  Dos voluntários que atualmente exercem alguma atividade, 54% fazem com uma frequência definida e 46% fazem sem uma frequência definida. Em média, os voluntários dedicam 4,6 horas ao serviço voluntário. A maioria dos voluntários (77%) declarou estar totalmente satisfeita com o serviço voluntário que faz, com destaque para os resultados dos voluntários com mais de 50 anos (83% totalmente satisfeitos) e da classe social DE (86%). Em relação à motivação para o exercício do trabalho voluntário, 67% apontam que o fazem para “ser solidário e ajudar os outros”, 32% para “fazer a diferença e melhorar o mundo” e 32% por motivações religiosas. Dos voluntários entrevistados, 87% declararam que estão totalmente motivados em continuar a exercer o trabalho voluntário.
O voluntariado é uma escolha pessoal, individual e é importante o voluntário refletir sobre o que  gosta de fazer,  o que tem de melhor para oferecer e quanto tempo pode disponibilizar para essa ação. O voluntario deve refletir se gostaria de engajar-se em algum dos projetos de melhoria da cidade, procurar alguma escola ou uma organização social e hoje seu trabalho na organização pode ser presencial ou até mesmo à distancia (por meio da internet, telefone ou cartas, por exemplo). No voluntariado a pessoa escolhe os talentos e as habilidades que deseja compartilhar e usar em sua ação voluntária. Existem, no entanto, algumas que devem estar presentes em qualquer ação escolhida: acreditar na causa, projeto ou organização na qual for atuar comprometimento, responsabilidade, dinamismo e alegria naquilo que está realizando.
O conceito de que o voluntário é aquele que, é amplamente aceito e difundido. A profissionalização do terceiro setor e o comprometimento do voluntário, juntamente com a criação da Lei do Voluntário (lei nº. 9.608) também são importantes conquistas do voluntariado brasileiro nos últimos 18 anos.

Em comemoração a data, desde o dia 6 de maio, o CVSP tem mobilizado por meio do site e das mídias sociais mais e mais pessoas para se engajarem e fazerem parte!

Gente de Coração Voluntário que motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada para causas de interesse social e comunitário.





Centro de Voluntariado de São Paulo
11 32665477
https://www.facebook.com/centrodevoluntariadodesaopaulo